Um bairro a Tijuca situada na da Zona Norte da cidade do Rio
de Janeiro. A
Tijuca é vista como um dos bairros mais tradicionais e
de urbanização mais antiga do Rio e é considerado um bairro
de classe média à classe média alta. Embora tipicamente
urbano, possui a segunda maior floresta urbana do mundo
(Floresta da Tijuca).
É na Tijuca que se localizam as escolas de samba Salgueiro,
Unidos da Tijuca e Império da Tijuca, tradicionais no
carnaval carioca, e que, juntas, somam 9 títulos no Grupo
Especial, sendo 8 do Salgueiro e 1 da Unidos da Tijuca.
Tijucano é a denominação dada ao morador da
tijuca. Assim, é o único bairro do Rio de Janeiro a possuir
um gentílico.
Historia
O bairro
tem sua origem tenha sido uma região de chácaras, atualmente
é tipicamente urbano. Ainda assim, possui a terceira maior
floresta urbana do mundo, a (Floresta da Tijuca), plantada
por determinação de D. Pedro II do Brasil, na segunda metade
do século XIX pelo major Archer, em terras de café
desapropriadas, para combater a falta de água que se
instalara na então capital do Império. Trata-se de uma
floresta secundária, uma vez que é fruto de um replantio,
compreendendo espécies que não são nativas da mata
atlântica, a cobertura vegetal original. Tijuca é nome de
origem tupi que significa pântano.
Um de seus principais pontos é a Praça Sáenz Peña. A Tijuca
conta com um expressivo setor de comércio, serviços,
hospitais, clínicas, escolas, universidades, sendo atendida
por dezenas de linhas de ônibus e pelas estações São
Francisco Xavier, Sáenz Peña, Afonso Pena e a futura estação
Uruguai do Metrô.
Na Tijuca se localizam as escolas de samba Salgueiro (nove
campeonatos e seis vice-campeonatos), Unidos da Tijuca (dois
campeonatos e dois vice-campeonatos) e Império da Tijuca,
tradicionais no carnaval carioca.
Abriga educandários tradicionais da cidade, como o Colégio
Pedro II, o Colégio Marista São José, o Instituto de
Educação, o Colégio Militar, o Colégio Batista, o Colégio de
Aplicação e outros. Há também clubes tradicionais, como o
Tijuca Tênis Clube, o América Football Club, o Country Clube
da Tijuca, o Montanha Clube, Clube Monte Sinai, Clube
Municipal e uma gama de clubes portugueses.
Há importantes construções históricas como a Igreja de São
Sebastião dos Capuchinhos, as Igrejas de Santo Afonso, Santa
Teresinha e a dos Sagrados Corações, o Instituto Superior de
Educação do Estado do Rio de Janeiro, tradicional colégio
normal no século XX, freqüentado por filhas de famílias
nobres, embora hoje atenda tanto garotos como garotas e
tenha perdido muito seu prestígio com o passar do tempo, o
Palácio dos Bianca (uma vivenda majestosa construída na
década de 1920 pela família espanhola Bianca, recentemente
tombada pelo Patrimônio Histórico, e convertida no Centro de
Referência da Música Carioca, da Prefeitura do Rio), a Casa
Granado, um tradicional estabelecimento de comércio
farmacêutico fundado em 1870 e que funciona até hoje, entre
outros.
A Tijuca se tornou, desde os anos 1990, um dos polos de
criminalidade do Rio de Janeiro, tendo registrado o maior
decréscimo populacional da cidade entre 1991 e
2000.[1][2][3] O contraste social entre o bairro e as
favelas que o cercam — como o Borel e o Salgueiro —[3] e a
omissão do Poder Público na área são características
marcantes. Algumas das vítimas notáveis de violência urbana
no bairro são o músico Marcelo Yuka e a criança João Roberto
Amorim Soares
.
Principais logradouros tijucanos Rua Afonso Pena, localizada no
bairro da Tijuca.
Rua Haddock Lobo, localizada na
Tijuca.
Praça Afonso Pena.
Praça Saens Peña, importante
centro comercial do bairro.
Rua Conde de Bonfim.
Rua das Flores.
Rua Professor Lafayette Cortes.
Rua São Francisco Xavier, importante via de ligação
para o centro.
Avenida Heitor Beltrão: recebe
o fluxo de trânsito da rua Doutor
Satamini, até a praça Saens Peña, embora tenha seu
início (ou seu fim) lá no cruzamento com a rua Professor
Gabizo. Avenida Maracanã: interliga a
Praça da Bandeira à Muda, sendo uma grande de ligação da
Tijuca ao Centro. Ali está o estádio do Maracanã, o Shopping
Tijuca e a Praça Varnhagem. Rua Almirante Cochrane:
continuação da rua Mariz e Barros, tendo seu fim na rua
Santo Afonso e Conde de Bonfim, na altura da praça. Rua Barão de Mesquita: longa
rua, que se inicia no Grajaú e termina na rua São Francisco
Xavier, na esquina do Colégio Militar do Rio de Janeiro. A
rua, em sua extensão, tem sua mão invertida diversas vezes. Rua Conde de Bonfim: principal
logradouro tijucano, que interliga o bairro ao Alto da Boa
Vista e à Barra. Na altura do número 369, localiza-se a
Praça Sáenz Peña. Rua Doutor Satamini: rua de
entrada para a Tijuca, de quem vem do Centro Histórico ou da
Zona Sul. No quarteirão desta com as ruas Campos Sales,
Martins Pena e Afonso Pena está a praça e a estação de metrô
Afonso Pena. É paralela à rua Haddock Lobo. Rua Haddock Lobo: continuação
da rua Conde de Bonfim, a partir do Largo da Segunda-Feira,
ligando a Tijuca ao Centro e à Zona Sul, através do Túnel
Rebouças. Rua Mariz e Barros: tem seu
início na Praça da Bandeira e se estende até a rua São
Francisco Xavier. Nela se localiza o famoso Instituto
Superior de Educação do Rio de Janeiro e o tradicional
Hospital Gafree e Guinle da Escola de Medicina e Cirurgia do
Rio de Janeiro, com arquitetura e decoração francesa. Rua São Francisco Xavier:
interliga a rua 24 de Maio, no subúrbio, ao Largo da
Segunda-Feira, no encontro das ruas Conde de Bonfim e
Haddock Lobo. Passa pelos bairros de São Francisco Xavier,
Mangueira e Maracanã até chegar na Tijuca. Nesta rua
localiza-se a UERJ, o Colégio Militar, a Igreja de São
Francisco Xavier do Engenho Velho e o Colégio Pedro
II-Unidade Tijuca II. Rua Uruguai: principal via de
acesso de bairros como Grajaú e Andaraí à Tijuca. Tem seu
início no Andaraí.
Sub-bairros
Praça Saens Peña
Na década de
1820, a Tijuca era um arrabalde rural, marcado pela presença
de chácaras particulares e fazendas de café.
À época, nas proximidades da atual Praça Sáenz Peña,
instalou-se uma fábrica de chitas - na verdade uma
estamparia que manufaturava tecidos indianos - considerada
uma das primeiras indústrias do país. O arruamento onde se
localizava passou a ser conhecido como Rua da Fábrica das
Chitas (atual Rua Desembargador Isidro) e o entroncamento do
antigo Caminho do Andarahy Pequeno (atual Rua Conde de
Bonfim) com a Travessa do Andarahy, que atravessava os
terrenos de propriedade do Barão de Bonfim, de D. Isabel
Martins e de D. Maria Bibiana de Araújo, a ser conhecido
como Largo da Fábrica.
Ao longo do século XIX a Tijuca foi se tornando um bairro de
veraneio da aristocracia carioca. O próprio imperador D.
Pedro II lá costumava passar algumas temporadas com a
família, em casas de amigos.
A partir de 1911, o antigo Largo da Fábrica das Chitas foi
rebatizado como Praça Sáenz Peña, em homenagem aos
ex-presidentes argentinos Luis e Roque Sáenz Peña, que
governaram aquele país entre 1892 e 1895, e 1910 e 1914,
respectivamente. O novo logradouro foi inaugurado pelo
prefeito do então Distrito Federal, Bento Ribeiro, tendo a
praça ganho, à época, o seu primeiro projeto paisagístico,
de inspiração francesa.
Na primeira metade do século XX, aos domingos, registrava-se
na praça a apresentação de banda marcial no coreto ao seu
centro, espaço atualmente preenchido por um lago, cuja
primeira versão data de fins da década de 1940. Entre as
atividades de lazer destacavam-se as apresentações do teatro
de fantoches para crianças. Além dos cinemas, outra grande
atração era o Café Palheta, que existiu até os primeiros
anos do século XXI.
Às sextas e aos sábados, na praça, realiza-se a "feirinha de
artesanato", com dezenas de barracas que oferecem artigos de
vestuário, decoração e pequenos presentes
Muda
Muda é o nome de um sub-bairro da cidade do Rio de Janeiro
localizado na Grande Tijuca, que não é encontrado com essa
nomeclatura no CEP - "Código de Endereçamento Postal"
brasileiro. Localiza-se mais precisamente entre a Tijuca, o
Andaraí e a Usina.
Diz a lenda, que foi assim denominado pelo fato de os
cavalos que subiam o Alto da Boa Vista, em direção às
fazendas na Zona Oeste, precisarem mudar as ferraduras nesse
local, muitas vezes por enfrentarem os lamaçais freqüentes
na Tijuca.
Outros afirmam que o bairro foi assim batizado pelo fato de
que era nesse local, mais especificamente onde hoje funciona
a quadra da GREES Império da Tijuca, na Rua Conde de Bonfim,
que se fazia a muda das parelhas de animais que tracionavam
os bondes que ligavam a Usina e o Alto da Boa Vista à
Tijuca.
Usina
Usina é um sub-bairro localizado na Grande Tijuca, na zona
norte do Rio de Janeiro, próximo ao Alto da Boa Vista, onde
anteriormente havia uma usina.
Em 1862, a Tijuca passou a ter transporte movido a vapor e
em 1898 foi criada a primeira linha férrea movida a
eletricidade: a Estrada de Ferro da Tijuca. Dessa estrada
teve origem o nome Usina, para a parte situada no alto,
próximo à Serra, devido à usina térmica ali localizada, que
servia para alimentar as locomotivas.
Apesar de ser um bairro afetado pela violência, devido à
proximidade do Morro do Borel e do Morro da Casa Branca,
possui ruas e casas de alto padrão nas encostas perto da
floresta. Este sub-bairro abriga o Montanha Clube, o
tradicional Colégio Marista São José e também casas
comerciais como bancos, supermercados, açougues, padarias e
o ponto terminal de várias linhas de ônibus.
Antes considerada uma área de classe média a classe
média-alta, o bairro vem se deteriorando economicamente, em
parte devido à expansão das favelas nas proximidades. No
local funcionava uma fábrica de cigarros da Souza Cruz até
meados dos anos 90, quando em 1997 foi inaugurado no
edíficio o Carrefour. No fim do bairro, já na fronteira com
o Alto da Boa Vista funcionam os pontos finais de inúmeras
linhas de ônibus — 220, 229, 415, 426, etc. Nas proximidades
do bairro funcionam duas feiras livres, uma às terças-feiras
e a outras às sextas, na Avenida Maracanã com rua Garibaldi.