Museu do Amanhã

 Museu do Amanhã, que foi projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava sobre a Baía de Guanabara.

A abertura para o público em 19/12/2015, com 36 horas de festa na nova Praça Mauá e entrada gratuita. 

Âncora cultural do projeto de revitalização da Região Portuária, o museu é o símbolo mais eloquente do renascimento de uma área de cinco milhões de metros quadrados, parte da história do Rio e que enfrentava décadas de atraso e abandono.

A maior parceria público-privada (PPP) do país, empreendida e conduzida pelo município desde 2009, está renovando e ampliando a infraestrutura dessa parte do Centro, devolvendo qualidade de vida aos seus moradores e apostando num futuro com mais habitantes e pujança social, cultural, comercial e econômica.

No Píer Mauá e vizinha ao Museu de Arte do Rio (MAR), a estrutura do Museu do Amanhã já faz parte do novo cartão postal do Rio, a Praça Mauá onde o Elevado da Perimetral é uma lembrança do passado e os trilhos do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) são uma promessa para o futuro.

A experiência promove o encontro entre ciência e arte, razão e emoção, linguagem e tecnologia, cultura e sociedade.

Iniciativa da Prefeitura do Rio realizada com a Fundação Roberto Marinho, o museu já é ícone das transformações pelas quais a cidade vem passando, em especial em sua Região Portuária.

O Museu do Amanhã conjuga o rigor da ciência e a linguagem expressiva da arte, tendo a tecnologia como suporte, em ambientes imersivos, instalações audiovisuais e jogos, criados a partir de estudos científicos desenvolvidos por especialistas e dados divulgados por instituições do mundo inteiro.

Traz à cidade, pela primeira vez, o conceito de museu experiencial, no qual o conteúdo é apresentado de forma sensorial, interativa e conduzido por uma narrativa.

O espaço examina o passado, apresenta tendências do presente e explora cenários possíveis para os próximos 50 anos a partir das perspectivas da sustentabilidade e da convivência.

O edifício de formas orgânicas, inspiradas nas bromélias do Jardim Botânico, ocupa 15 mil metros quadrados e é cercado por espelhos d’água, jardim, ciclovia e espaço para lazer, numa área total de 34,6 mil metros quadrados.

O museu tem ainda auditório com 400 lugares, loja, cafeteria e restaurante.

A área dedicada às exposições temporárias será aberta com a instalação audiovisual “Perimetral”, assinada por Vik Muniz, Andrucha Waddington e pelo escritório de design SuperUber, de Liana Brazil e Russ Rive, na qual imagens da implosão do Elevado da Perimetral se combinam a uma cenografia imersiva em uma experiência de grande impacto visual. 

A exposição seguinte será “Santos Dumont – o grande visionário brasileiro”, que abre no primeiro semestre de 2016.

Iniciativa da Prefeitura do Rio, concebido e realizado em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo, o Museu do Amanhã – construído pela concessionária Porto Novo – tem o Banco Santander como Patrocinador Master.

Conta ainda com a BG Brasil como mantenedora e com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Ambiente, e do Governo Federal, por intermédio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

 A instituição faz parte da rede de museus da Secretaria Municipal de Cultura. O Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), organização social de cultura sem fins lucrativos vencedora da licitação promovida pela Prefeitura do Rio, é responsável pela gestão do museu.

ACERVO DO MUSEU DO AMANHÃ

O conteúdo do Museu do Amanhã foi elaborado com a participação de um time de mais de 30 consultores brasileiros e internacionais, nomes reconhecidos em diversas áreas, e será continuamente atualizado a partir de dados e análises científicas de instituições do mundo todo.

As experiências foram desenvolvidas por um extenso grupo de artistas e criadores – entre eles as produtoras O2 e Conspiração, o jornalista Marcelo Tas e o artista plástico americano Daniel Wurtzel –, reunidos, assim como os cientistas, a convite da Fundação Roberto Marinho.

O museu também tem parceria com algumas das principais instituições da ciência no Brasil e no exterior, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Massachusetts Institute of Technology (MIT).

O Museu do Amanhã explora seis grandes tendências para as próximas cinco décadas: mudanças climáticas; alteração da biodiversidade; crescimento da população e da longevidade; maior integração e diferenciação de culturas; avanço da tecnologia e expansão do conhecimento.

A exposição principal, com concepção museográfica do designer Ralph Appelbaum e direção de criação de Andres Clerici, divide-se em cinco áreas, a partir das cinco perguntas que guiam o museu (De onde viemos? Quem somos? Onde estamos? Para onde vamos? Como queremos ir?): Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós.

Em cada uma das áreas, o público terá acesso a um panorama geral sobre os temas e poderá aprofundá-lo em seguida.

A visita começa pelo Cosmos, experiência imersiva em um domo de 360°, grande ovo negro em que o público faz uma viagem sensorial pelo universo, desde as galáxias mais distantes até as partículas microscópicas.

Na Terra, três cubos de sete metros de largura por sete metros de altura representam as três dimensões da existência: Matéria, Vida e Pensamento.

 Aqui, o público conhece mais sobre o funcionamento do planeta, a biodiversidade, as relações entre as espécies e o desenvolvimento da cultura e do pensamento humanos.

A parte central do percurso narrativo se dedica a pensar o hoje, suas características e seus sintomas.

Totens com mais de 10 metros de altura formam o Antropoceno – a era geológica em que vivemos hoje, o momento em que o homem se tornou uma força planetária com impacto capaz de alterar o clima, degradar biomas e interferir em ecossistemas – com conteúdo audiovisual sobre o impacto das ações do homem no planeta e a aceleração de suas atividades. Estudos apontam que a humanidade terá 10 bilhões de pessoas em 2060 e que os próximos 50 anos vão concentrar mais mudanças que os últimos 10 mil anos.


A área Nós fecha a visitação de forma simbólica, com uma experiência de luz e som em uma escultura em madeira que remete a uma oca.

Seu elemento central, um churinga (espécie de amuleto) da cultura aborígene australiana, é a única peça física que compõe a narrativa principal e representa a transmissão de conhecimento através das gerações.

Depois desse momento de reflexão, um belvedere se abre sobre a Baía e o público volta ao “hoje” renovado.

A experiência expositiva do museu se integra ainda ao Laboratório de Atividades do Amanhã, espaço de inovação e experimentação que promove ações ligadas à tecnologia, ciência e arte (a primeira exposição será do coletivo dinamarquês Superflex); e ao Observatório do Amanhã, que vai exibir, catalogar e repercutir dados e análises das últimas pesquisas científicas e tecnológicas sobre temas relacionados ao museu.

É do Observatório também a função de atualizar a exposição principal por meio do sistema Cérebro, que recebe informações e as distribui pelo conteúdo exposto.

O sistema mapeia a relação do museu com os usuários, registrando o percurso dos visitantes e o modo como acessam o conteúdo.

MUSEU DO AMANHÃ A ARQUITETURA 

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Uma das âncoras do Porto Maravilha, o Museu do Amanhã tem arquitetura sustentável e segue as especificações para obter a certificação Leed (Liderança em Energia e Projeto Ambiental), concedida pelo Green Building Council. Entre suas diretrizes para sustentabilidade está o melhor aproveitamento de recursos naturais da região.

A água da Baía de Guanabara é captada pelo museu com duas finalidades: para abastecer os espelhos d’água e para o sistema de refrigeração, onde é utilizada na troca de calor. Depois de usada na climatização, a água é devolvida mais limpa ao mar, num gesto simbólico.

O sistema reduz a utilização de água potável. A água da chuva captada pela cobertura é utilizada como complemento para irrigação dos jardins, descargas dos vasos sanitários e lavagem dos pisos das áreas molhadas.

Outro destaque é a cobertura móvel do edifício, em que grandes estruturas de aço servem de base para as placas de captação de energia solar.

Ao longo do dia, elas se movimentam como asas para acompanhar o posicionamento do sol. O prédio tem aletas que carregam 5.492 placas de painéis fotovoltaicos para captação de energia solar.

As placas, divididas em 24 módulos fixados na cobertura, acompanham o percurso solar (L-O) e produzem 250 KWh/ano, que equivalem à capacidade de fornecer energia para 4 milhões de lâmpadas incandescentes de 60w por uma hora. 

Além desse recurso, 2.532 luminárias LED garantem a eficiência. O projeto também valoriza a entrada de luz natural.

O paisagismo, assinado pelo escritório Burle Marx, traz espécies nativas e de restinga, ressaltando a vegetação típica da região costeira da cidade, com cerca de 6 mil m² de área de jardins.

Em sua forma longitudinal – “flutuando” sobre o píer, nas palavras de Santiago Calatrava –, o edifício foi projetado de forma a deixar visível e valorizar o conjunto histórico do qual faz parte, que inclui o barroco Mosteiro de São Bento; o edifício A Noite, primeiro arranha-céu da América Latina e sede da Rádio Nacional; e o MAR. A importância histórica da região se completa com marcos como a Pedra do Sal e o Cais do Valongo, porto que recebeu o maior número de africanos escravizados no mundo; o bairro da Gamboa e a histórica Fortaleza da Conceição.

O prédio que delicadamente se debruça sobre espelho d’água de 9.200 m² reúne 55 mil toneladas de concreto estrutural, 4.300 toneladas de estruturas metálicas para a cobertura, e 76 mil litros de tinta. O museu conta ainda com 908 vidros, totalizando cerca de 3.800m².

No pico da obra, a Concessionária Porto Novo, contratada pela Prefeitura do Rio para executar as obras e prestar serviços públicos do Porto Maravilha, mobilizou 1.200 homens para a construção, em regime de 24 horas, feitos em três turnos.

A construção do prédio foi viabilizada por meio dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) com investimentos de R$ 215 milhões, sem recursos diretos do tesouro municipal.

No conteúdo, expografia e museologia foram investidos cerca de R$ 93 milhões. A ordem de início da obra foi dada em novembro de 2011.

Em quatro anos, a cidade ganhou um prédio de arquitetura arrojada, 338 metros de comprimento (de um balanço a outro) e 20 metros de altura.

O jardim e passeio abertos aos visitantes são uma extensão da Orla Prefeito Luiz Paulo Conde, que terá 3,5km do Armazém 8 à Praça da Misericórdia, ao lado da Praça XV, com previsão de conclusão no primeiro semestre de 2016.

Assim como o MAR, que inovou com a proposta museológica de já nascer com uma escola (a Escola do Olhar), o Museu do Amanhã manterá relações estreitas com o contexto social, cultural e ambiental que o cerca e vai cumprir o compromisso ético de servir à educação.

O programa de educação adota equipe interdisciplinar para visitas mediadas e escolares e propõe eixos temáticos para o debate com os alunos, trazendo as questões abordadas no museu, sua arquitetura, a Baía de Guanabara e a região histórica do entorno.

O museu também promoverá atividades concebidas para incluir e conectar pessoas de diferentes faixas etárias, formações, regiões geográficas e contextos socioeconômicos.


ACESSIBILIDADE

O museu oferece acessibilidade física e de conteúdo, contando com piso podotátil, audioguias, videoguias, visitas em libras e maquetes táteis que possibilitam novas formas de interação.

ATIVIDADES

Portanto visitas mediadas para públicos não agendados – a partir do primeiro fim de semana de 2016, mediante retirada de ingresso na bilheteria (podem ser gratuitas ou incluídas no valor da entrada para o museu): “Trilhar os Amanhãs” (conceituação e os cinco temas centrais da Exposição Principal, aos sábados e domingos, às 10h e às 14h); “É uma nave? É um pássaro? É um avião?”  (explora os aspectos arquitetônicos do prédio do museu, aos sábados, às 11h e às 15h); e “Mauá 360” (olhar 360º sobre a história da cidade do Rio de Janeiro a partir da arquitetura das construções no entorno da Praça Mauá, aos sábados e domingos, às17h).

Visitas escolares – cada grupo é apresentado a um tema que deverá ser explorado ao longo da exposição principal, do prédio ou do entorno do museu.

As temáticas abordadas são definidas pelo professor ou representante do grupo em conjunto com os educadores responsáveis pela visita, em contato prévio.

Essas visitas são  sempre de terça a sexta-feira das 9h às 16h30 e aos sábados e domingos das 10h30 às 14h. Duram aproximadamente uma hora e meia e são gratuitas mediante retirada do bilhete de acesso,  com agendamento dos grupos de terça a sexta-feira, das 10h às 17h45.

Vizinhos do Amanhã –  Os cerca de 30 mil moradores da Região Portuária, distribuídos pelos bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo e pelos morros da Conceição, Pinto, Providência e Livramento, têm entrada gratuita, por meio do Programa Vizinhos do Amanhã.

A inscrição no programa acontece diretamente no local, no horário de funcionamento do museu: de terça-feira a domingo, das 10h às 18h.

A CONSTRUÇÃO DO MUSEU DO AMANHÃ

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3.800 m² em 908 peças de vidro

55 mil toneladas de concreto estrutural

4.300 toneladas de estruturas metálicas para a cobertura

76 mil litros de tinta

1.200 funcionários no pico das obras

338 metros de comprimento (de um balanço a outro)

20 metros de altura

34,6 mil metros quadrados área do terreno15 mil m² de área construída

6 mil m² de jardim

30 mil metros de pilares submersos suportam o peso do edifício

5.492 placas voltaicas foram instaladas para captação de energia solar

2.532 luminárias LED

9.200 m² de espelho d’água

SERVIÇOS DO MUSEU DO AMANHÃ

HORÁRIO DE ENTRADA
De terça a domingo, 10h – 17h.
O encerramento das filas pode ocorrer até quatro horas antes do fechamento da bilheteria e está sujeito a mudança diariamente, sem aviso prévio.
O Museu fecha às segundas.

INGRESSOS
R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).
Às terças, a entrada é gratuita.
As gratuidades de quarta a sexta também podem ser retiradas online. Às terças-feiras a entrada no Museu é gratuita para todos (diretamente na bilheteria, sem ingresso online).

Venda online

Meia-entrada e gratuidade

Veja  a programação completa.

Endereço: Praça Mauá, 1.

Fotos: A.Marques

Mais importante os ingressos para o Museu do Amanhã podem ser comprados online (https://ingressos.museudoamanha.org.br).

A compra do ingresso com dia e horário marcados permite controlar a quantidade de pessoas que estão no Museu ao mesmo tempo, evitando exceder sua lotação e permitindo uma melhor experiência para todos. Além disso, ao comprar antecipadamente, você evita as filas para entrar no Museu.

Além de cada hora, será disponibilizada uma quantidade limitada de ingressos para compra na bilheteria.

As gratuidades também podem ser retiradas online (exceto para crianças até 5 anos – que não necessitam de ingresso).

É necessário apresentar o voucher impresso ou baixar o arquivo PDF no celular ou tablet. O direito à meia-entrada ou gratuidade é garantido mediante apresentação de documentação comprovativa na entrada do Museu.

O Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio funcionam de terça a domingo, das 10h às 18h. A bilheteria encerra suas atividades diariamente às 17h. 

Quem quiser visitar os dois novos museus da Praça Mauá pode adquirir o Bilhete Único dos Museus. Com a iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura, é possível visitar o MAR e o Museu do Amanhã.

Dedicado à ciência e à sustentabilidade, o Museu do Amanhã foi inaugurado em dezembro de 2015, num dos grandes momentos da revitalização do Centro e da zona portuária.

O prédio projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava abriga instalações interativas que inspiram reflexões sobre o futuro da humanidade. A área externa conta com uma escultura do artista americano Frank Stella.(Fonte Prefeitura RJ)

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